Interferências comuns em cromatografia e como evitar

interferências cromatográficas

A cromatografia é uma das técnicas mais confiáveis e precisas da química analítica, utilizada em diferentes setores como farmacêutico, alimentício, ambiental e químico. No entanto, mesmo métodos bem desenvolvidos e equipamentos modernos estão sujeitos a interferências que comprometem a qualidade dos resultados.

Interferências cromatográficas são fatores que impactam negativamente a separação, identificação ou quantificação dos analitos, gerando problemas como picos fantasmas, baixa resolução, ruídos de fundo ou tempos de retenção inconsistentes. 

Esses problemas podem surgir devido à contaminação dos reagentes, à degradação da coluna cromatográfica, a falhas no sistema de injeção ou até mesmo à escolha inadequada da fase móvel e dos parâmetros do método.

Para garantir a confiabilidade das análises cromatográficas, é essencial identificar as principais fontes de interferência e adotar boas práticas laboratoriais. A seguir, abordamos os fatores mais comuns que afetam o desempenho da cromatografia e as estratégias para lidar com eles.

1. Contaminação da fase móvel

A fase móvel transporta os analitos pela coluna cromatográfica e deve ser preparada com alto nível de pureza. Solventes contaminados podem introduzir impurezas inesperadas, gerar picos não identificados e causar ruídos de fundo que dificultam a interpretação dos resultados. 

Além disso, partículas suspensas na fase móvel podem obstruir os filtros e prejudicar a integridade da coluna. O uso de solventes grau HPLC ou LC-MS, filtragem adequada e a degaseificação antes do uso ajudam a minimizar esses efeitos.

2. Coluna cromatográfica contaminada ou degradada

A coluna cromatográfica desempenha um papel fundamental na separação dos analitos e, com o tempo, pode sofrer degradação da fase estacionária ou acúmulo de resíduos. Esses fatores afetam diretamente a eficiência da separação, resultando em alargamento dos picos e perda de resolução. 

A realização de lavagens regulares com solventes apropriados e o uso de colunas de guarda ajudam a prolongar a vida útil da coluna e a evitar a necessidade de substituições frequentes.

3. Carryover (arraste de amostra)

O carryover ocorre quando resíduos de uma amostra anterior permanecem no sistema e interferem nas análises subsequentes. 

Esse efeito pode gerar picos inesperados e comprometer a exatidão da quantificação. Para minimizar esse risco, é importante estabelecer ciclos eficientes de limpeza entre injeções, utilizar blanks de verificação e garantir que seringas, válvulas e loops estejam sempre higienizados.

4. Ruídos e instabilidade na linha de base

A estabilidade da linha de base é essencial para a precisão dos resultados. Oscilações ou ruídos podem indicar a presença de bolhas de ar na fase móvel, vazamentos no sistema ou até mesmo problemas com o detector. 

A degaseificação adequada, a inspeção periódica do sistema e a manutenção preventiva dos detectores são medidas importantes para evitar essas flutuações.

5. Injeção inconsistente

Pequenas variações na técnica de injeção podem comprometer a reprodutibilidade das análises, impactando diretamente a precisão dos resultados. 

Para evitar esse problema, o sistema de injeção deve ser calibrado regularmente e, sempre que possível, deve-se optar por injetores automáticos, que garantem volumes exatos e reduzem a influência de variações humanas no processo. Além disso, o preparo das amostras deve ser padronizado para minimizar desvios.

6. pH inadequado da fase móvel

O pH da fase móvel influencia diretamente a ionização dos analitos e, consequentemente, afeta a retenção e seletividade da separação cromatográfica. Um pH fora da faixa recomendada pode comprometer a estabilidade da coluna e gerar separações inadequadas. 

A utilização de tampões adequados e a verificação da compatibilidade do pH com a coluna utilizada são essenciais para garantir um desempenho estável ao longo do tempo.

7. Escolha inadequada da coluna cromatográfica

A escolha da coluna cromatográfica deve levar em consideração as características dos analitos, a polaridade da amostra e os objetivos da análise. O uso de uma coluna inadequada pode resultar em separações incompletas, tempos de retenção inconsistentes e baixa reprodutibilidade. É importante analisar cuidadosamente as especificações da coluna, levando em conta fatores como tamanho de partícula, tipo de fase estacionária e compatibilidade química com os solventes utilizados.

É preciso dar atenção às interferências cromatográficas

As interferências cromatográfivas podem parecer pequenos detalhes, mas impactam significativamente a qualidade e confiabilidade dos resultados analíticos. Identificar suas principais causas e implementar boas práticas laboratoriais é essencial para evitar problemas como ruídos de fundo, carryover, picos fantasmas e degradação da coluna.

A manutenção preventiva dos equipamentos, o uso de solventes de alta pureza, a higienização do sistema e a escolha correta da coluna cromatográfica são fatores que fazem a diferença na estabilidade do método. Além disso, contar com padrões de referência certificados e insumos de qualidade garante maior precisão e segurança nos resultados.

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