O que você precisa saber sobre análise e quantificação de granisetrona

granisetrona

O medicamento granisetrona é um antagonista seletivo dos receptores de serotonina do tipo 5-HT3, amplamente utilizado para prevenir e tratar náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia, radioterapia ou pós-operatórios. 

A análise da granisetrona em produtos farmacêuticos e em insumos ativos requer técnicas precisas e confiáveis, entre as quais se destaca a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC).

Vamos falar sobre isso no post de hoje. Acompanhe!

Os padrões de referência e a quantificação da granisetrona

Os padrões primários e secundários desempenham um papel essencial na quantificação da granisetrona. 

O padrão primário, com pureza superior a 99%, é utilizado para preparar curvas de calibração, garantindo a exatidão das medições. 

Já o padrão secundário, previamente qualificado por comparação com o primário, é empregado nas análises rotineiras, reduzindo os custos sem comprometer a qualidade dos resultados. 

No caso da granisetrona, os padrões primários são substâncias de alta pureza, geralmente obtidas de organismos regulatórios, como a Farmacopeia dos Estados Unidos (USP) ou a Farmacopeia Europeia (EP). 

Os padrões secundários, por sua vez, são substâncias cuja pureza foi estabelecida por comparação com os padrões. 

Esses padrões primários e secundários são essenciais para garantir a precisão das análises quantitativas da granisetrona, permitindo a determinação exata do teor do fármaco em produtos farmacêuticos e insumos. Além disso, ajudam na identificação de impurezas e degradação, contribuindo para a avaliação da estabilidade do medicamento.

Na quantificação por HPLC, a curva de calibração é gerada a partir de soluções padrão de granisetrona em diferentes concentrações. Os picos obtidos são correlacionados com as áreas sob a curva, permitindo a determinação precisa do teor de granisetrona na amostra analisada.

Análises cromatográficas da granisetrona

A HPLC é a técnica mais comumente empregada para a análise da granisetrona, devido à sua alta sensibilidade, seletividade e reprodutibilidade. O método cromatográfico permite a separação e quantificação da granisetrona em diversas matrizes, como comprimidos, soluções injetáveis e fluidos biológicos.

As condições cromatográficas ideais para a análise da granisetrona geralmente envolvem o uso de uma fase móvel composta por uma mistura de solventes aquosos e orgânicos, como acetonitrila e tampão fosfato, em proporções otimizadas para garantir a resolução adequada dos picos cromatográficos. 

O detector mais utilizado é o de ultravioleta (UV), com comprimento de onda geralmente ajustado em torno de 225 nm, onde a granisetrona apresenta absorção máxima, permitindo sua detecção precisa.

A importância da coluna cromatográfica

A escolha da coluna cromatográfica é um fator crucial para o sucesso da análise da granisetrona. As colunas mais utilizadas para a análise desse fármaco são as de fase reversa, comumente preenchidas com sílica modificada com cadeias de alquila, como C18. Essas colunas oferecem excelente retenção e separação da granisetrona e suas impurezas.

Avaliação da qualidade

A avaliação da qualidade do insumo farmacêutico ativo (IFA) de granisetrona é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do medicamento final. Essa avaliação envolve testes físico-químicos, como determinação de pH, solubilidade, pureza, teor e perfil de dissolução.

Testes de pureza

Os testes de pureza incluem a quantificação de impurezas orgânicas, inorgânicas e de solventes residuais, geralmente realizados por HPLC, cromatografia gasosa (GC) e espectrometria de massa (MS). A identificação do insumo é feita por espectroscopia no infravermelho (FTIR) ou por cromatografia, comparando-se os resultados com os padrões de referência de granisetrona.

Avaliação de impurezas

A avaliação das impurezas da granisetrona é essencial para garantir a segurança do medicamento, uma vez que níveis elevados de impurezas podem comprometer a eficácia terapêutica e causar efeitos adversos. 

A HPLC também é amplamente empregada para a detecção e quantificação dessas impurezas, utilizando colunas de fase reversa C18 e fases móveis ajustadas para separar eficientemente os picos das impurezas em relação ao pico principal do fármaco.

Testes de estresse

Os testes de estresse, como exposição a calor, luz, pH extremo e oxidação, são realizados para avaliar a estabilidade da granisetrona e identificar possíveis produtos de degradação. 

Esses estudos auxiliam na definição das condições ideais de armazenamento e na determinação do prazo de validade do medicamento.

De modo geral, a análise cromatográfica da granisetrona depende fortemente da qualidade dos padrões de referência, das condições cromatográficas e das colunas utilizadas. A utilização de padrões primários, secundários e de impurezas garante a confiabilidade das quantificações, contribuindo para a avaliação da qualidade do insumo farmacêutico e, consequentemente, para a segurança e eficácia dos produtos finais contendo granisetrona.

A Modum Tech e sua parceira Clearsynth possuem os padrões de referência para os princípios ativos e para suas impurezas utilizados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), incluindo o padrão de referência de granisetrona. 

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