Principais desafios na separação de compostos por cromatografia e como solucioná-los

A separação de compostos por cromatografia é uma técnica essencial para diversas áreas da ciência, incluindo a indústria farmacêutica, alimentícia e química. 

Apesar de sua ampla aplicação, o processo apresenta desafios que podem comprometer a precisão e a eficiência das análises. 

Considerando isso, decidimos falar um pouco sobre os principais obstáculos enfrentados e as soluções para otimizar os resultados cromatográficos. Confira!

Escolha inadequada da fase estacionária

Um dos desafios mais comuns na separação de compostos por cromatografia é a escolha inadequada da fase estacionária. A seleção errada pode resultar em baixa resolução, tempos de retenção inconsistentes e separações ineficientes. 

Sendo assim, para evitar esse problema, é fundamental escolher colunas que correspondam às características dos compostos analisados, levando em consideração fatores como polaridade e tamanho das partículas. 

No caso da cromatografia gasosa, a volatilidade e a polaridade dos analitos devem ser cuidadosamente avaliadas para garantir a separação eficaz. O uso de padrões de referência, como os fornecidos pelo NIST (National Institute of Standards and Technology) ou pela Farmacopeia Brasileira, pode auxiliar na validação da escolha da fase estacionária e garantir maior confiabilidade nas análises.

Interferência de impurezas e contaminantes

Outro problema recorrente na separação de compostos por cromatografia é a interferência causada por impurezas e contaminantes na amostra, o que pode gerar sobreposições de picos e afetar a precisão da análise. 

Para minimizar esse impacto, recomenda-se o uso de padrões de referência certificados, como os oferecidos pelo USP (United States Pharmacopeia) ou pela Farmacopeia Europeia. Esses padrões garantem que os métodos analíticos estejam calibrados corretamente e que os resultados sejam comparáveis entre diferentes laboratórios. 

Além disso, a aplicação de técnicas de purificação e filtração antes da análise, bem como a manutenção regular do sistema cromatográfico, são medidas essenciais para evitar o acúmulo de resíduos que possam comprometer os resultados.

Seleção inadequada da fase móvel

A seleção inadequada da fase móvel também pode comprometer a eficiência da separação de compostos por cromatografia, impactando a retenção e a seletividade dos compostos. 

Para resolver esse problema, é necessário otimizar a composição da fase móvel, ajustando a polaridade e a força iônica conforme a necessidade. Em alguns casos, a utilização de tamponantes pode estabilizar o pH da fase móvel, proporcionando melhores condições para a separação dos analitos. 

O uso de padrões de referência internos pode ajudar a verificar a compatibilidade entre a fase móvel e os compostos analisados, garantindo que os parâmetros estejam adequados para a técnica empregada.

Problemas com o formato dos picos cromatográficos

A presença de efeitos indesejados, como o alargamento de picos e a formação de caudas, representa outra dificuldade frequente na cromatografia. Picos assimétricos podem dificultar a quantificação precisa dos analitos, tornando a análise menos confiável. 

Para corrigir essa questão, é importante garantir o uso de colunas cromatográficas de alta eficiência, ajustar corretamente a taxa de fluxo da fase móvel e evitar a sobrecarga da coluna, injetando volumes adequados de amostra. 

A comparação com padrões de referência analíticos pode ser utilizada para verificar a integridade dos picos e identificar possíveis interferências que possam estar afetando a separação.

Reprodutibilidade dos resultados

Além disso, a reprodutibilidade dos resultados é um fator crítico na separação de compostos por cromatografia. Variações nos tempos de retenção e nos picos podem comprometer a confiabilidade das análises, tornando essencial a padronização dos métodos analíticos e o cumprimento rigoroso dos protocolos estabelecidos. 

Manter condições controladas de temperatura e pressão, além de utilizar equipamentos calibrados e solventes de alta pureza, são medidas que ajudam a garantir a consistência dos resultados obtidos. 

A adoção de padrões de referência certificados permite validar os métodos empregados, assegurando que os resultados sejam comparáveis e consistentes ao longo do tempo.

Degradação térmica e química dos compostos

Por fim, a degradação térmica e química dos compostos pode ocorrer durante a análise, especialmente na cromatografia gasosa, onde as altas temperaturas podem afetar a estabilidade dos analitos. 

Para evitar esse problema, recomenda-se reduzir a temperatura do injetor e do detector, utilizar colunas apropriadas para compostos sensíveis ao calor e armazenar as amostras em condições controladas, prevenindo reações químicas indesejadas antes da análise. 

A comparação dos resultados obtidos com padrões de referência de estabilidade térmica pode auxiliar na identificação de condições inadequadas e garantir que a integridade dos analitos seja mantida.

A separação de compostos por cromatografia depende de boas práticas

A separação de compostos por cromatografia apresenta desafios que podem comprometer a qualidade das análises, mas com estratégias adequadas, é possível otimizar a técnica e garantir resultados confiáveis. 

A escolha criteriosa da fase estacionária e da fase móvel, a padronização de métodos e a manutenção dos equipamentos são fatores essenciais para uma separação eficiente. O uso de padrões de referência certificados desempenha um papel fundamental na validação dos procedimentos, assegurando que as análises sejam precisas, reprodutíveis e comparáveis entre diferentes laboratórios. 

Aplicando essas boas práticas, é possível superar os obstáculos e obter análises cromatográficas mais confiáveis e eficientes.

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