As análises exploratórias são de extrema importância para que se avalie a qualidade e condições de colunas cromatográficas após sua instalação no equipamento cromatográfico.
Essas análises são feitas com soluções de padrões e amostras, comparando com resultados já conhecidos.
Apesar das colunas para cromatografia possuírem capacidade de alta reprodução mesmo após várias análises e meses de uso, a sua vida útil é finita, assim como seu desempenho vai diminuindo com o passar do tempo.
Apesar de não poder evitar o fim da vida útil de uma coluna, pode-se adotar algumas medidas que façam com que ela dure mais e impedir um encurtamento da vida útil.
A seguir estão algumas dicas de como resolver problemas com as colunas objetivando melhor desempenho. Acompanhe!
Problemas com colunas cromatográficas: 5 dicas para evitá-los
1 – Utilizar sempre amostras filtradas corretamente
Amostras sujas que são injetadas no sistema cromatográfico, ou então aquelas que não são filtradas de forma correta, causam extremo prejuízo à coluna, além de todas as outras partes do cromatógrafo líquido de alta eficiência.
Os componentes de uma amostra não filtrada podem precipitar dentro da coluna, além de poder desativar o gel de sílica, promover reações químicas, e ainda influenciar nos efeitos de força iônica e/ou força do solvente.
Os problemas observados decorrente da utilização de amostras sujas podem ser resolvidos principalmente com a filtragem adequada, com auxílio de filtros de seringa de tamanhos de 0,22 e 0,45 um de todas as amostras que são injetadas no sistema cromatográfico.
Ademais, as pré-colunas são equipamentos muito recomendados para que possíveis partículas sejam retidas antes de entrar na coluna principal.
2 – Utilizar metodologias que sejam compatíveis com a coluna
A combinação correta entre coluna e fase móvel também são fatores que devem ser considerados antes do desenvolvimento e validação de um método analítico e/ou análise de uma amostra.
Os parâmetros que devem ser considerados são quanto à polaridade de fase estacionária e fase móvel, valor de pH da fase móvel, temperatura de forno estabelecida e fluxo de fase móvel.
As recomendações estabelecidas são: utilizar fases móveis com pH os quais a coluna cromatográfica suporta, sempre verificando a faixa estabelecida pelo fornecedor; a faixa de temperatura do forno deve sempre ficar entre 4 – 40 ºC, sendo essa considerada a faixa ótima de trabalho.
No entanto, para análises de curto tempo ainda podem ser utilizadas temperaturas que vão de 45 – 50 ºC. O fluxo da fase móvel não pode exceder o recomendado, uma vez que pode danificar as partículas da fase estacionária assim como causar um aumento excessivo de pressão do sistema cromatográfico, o que consequentemente causa prejuízo à coluna.
3 – Sempre armazenar as colunas de forma correta, preferivelmente em suas embalagens originais
Durante seu armazenamento, as colunas cromatográficas devem permanecer com suas extremidades fechadas, de forma a evitar a secagem do seu conteúdo interno, fazendo com haja perda total da coluna.
Além disso, é preferível que elas sejam guardadas em suas embalagens originais, fornecida pelos fabricantes como forma de evitar confusões e mistura de especificações, uma vez que as colunas cromatográficas podem apresentar especificações diferentes de acordo com seu material interno, fabricante, polaridade, entre outros parâmetros.
O solvente utilizado para armazenar a coluna também deve ser avaliado depois da análise cromatográfica. A lavagem, assim como o armazenamento de colunas, deve ser realizada com solventes apróticos, preferencialmente acetonitrila.
4 – Verificação da pressão do sistema cromatográfico
Apesar das colunas serem mecanicamente bastante estáveis os choques de pressão devem ser evitados, já que podem formar canais no empacotamento da coluna, levando a quebra dos picos nos cromatogramas.
A pressão máxima que a coluna aguenta varia de acordo com a sua marca, e sempre as especificações do fabricante devem ser levadas em consideração.
5 – Inverter a coluna
Caso haja o entupimento da coluna cromatográfica, decorrente de alguma má utilização, pode-se desconectar os detectores e lavar a coluna de forma invertida, com um solvente de alta eluição, como acetonitrila ou metanol (no caso de fase reversa).
Além disso, é necessário realizar a substituição dos conectores que estão contaminados, entupimentos ou que apresentem algum deterioramento.
Todos os cuidados tomados com as colunas cromatográficas assim como seguir as orientações e especificações de seus fabricantes favorecem para o prolongamento da vida útil, conferindo bons e confiáveis resultados de suas análises.
Esperamos que tenha gostado do conteúdo!
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