O que é cromatografia de fase reversa?

Pesquisadoras usando vestimenta de proteção estão mexendo em equipamentos de cromatografia

Cromatografia móvel, cromatografia estacionária, cromatografia de fase reversa, cromatografia clássica ou de alta eficiência…são tantas denominações!

Mas o que é cada uma delas? 

Neste artigo, falamos sobre a cromatografia de fase reversa, mas também explicamos sobre as outras. Vamos mostrar quais são as principais e como elas se desdobram em outros processos. 

Que tal saber mais? Continue a leitura.

O que é cromatografia?

A cromatografia é uma técnica de separação que se baseia na interação entre duas fases que são imiscíveis entre si com a amostra de interesse. É um processo que deve conter certo grau de interação com as duas fases que compõem a metodologia cromatográfica. 

Essas fases são compostas por uma contendo um eluente, solvente ou mistura de solventes no caso da cromatografia líquida ou determinado gás inerte, quando falamos de cromatografia gasosa (fase móvel) e um material adsorvente (fase estacionária).

Subdivisão da cromatografia líquida

A cromatografia líquida pode ainda ser subdivida em dois tipos: a cromatografia líquida clássica e a cromatografia líquida de alta eficiência. 

Mas qual a diferença entre as duas cromatografias? 

Cromatografia clássica

A clássica utiliza colunas de vidro com diâmetros internos de aproximadamente 10 a 50 mm e recheadas com partículas de fase estacionária que possuem diâmetros de 150 a 200 µm. 

Cromatografia líquida de alta eficiência

A cromatografia de alta eficiência emprega uma fase móvel composta por solventes (um ou mais) e uma fase estacionária contida em colunas fechadas de diâmetros de aproximadamente 3 a 5 mm e 1 a 4,6 mm. 

Na cromatografia líquida de alta eficiência, a fase móvel deve ter vazões suficiente para que haja a eluição do composto de interesse, e por isso ela deve ser pressurizado a altas pressões. 

Divisões da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)

Na cromatografia líquida de alta eficiência, podemos ainda ter dois tipos: a cromatografia em fase normal e a cromatografia em fase reversa. 

O que é cromatografia em fase normal?

A cromatografia em fase normal é composta por uma fase móvel contendo características apolares e fase estacionária composta por partículas polares (comumente mais empregada é a sílica).

O que é cromatografia em fase reversa?

A cromatografia em fase reversa é um processo que envolve a separação de moléculas com base nas interações de uma fase móvel (solvente) com característica polar, sendo os mais comuns utilizados água, metanol, acetonitrila e tampões, com uma fase estacionária apolar, caracterizada pela presença de hidrocarbonetos ligados à sílica. 

Como é o processo da cromatografia  de fase reversa

Nesse caso, os componentes mais polares são eluidos primeiro, e ainda, com o aumento da polaridade da fase móvel, o tempo de eluição é aumentado de forma proporcional. 

Além disso, para ser caracterizada como fase reversa, a fase estacionária pode conter ligantes aromáticos ligados covalentemente, permitindo que sua superfície adquira características hidrofóbicas. 

Quais os melhores solventes para serem utilizados como fase móvel na cromatografia em fase reversa? 

Normalmente nessa técnica, os principais solventes de escolha são: mistura de água e um solvente orgânico, que seja miscível com a água, mais comumente metanol e acetonitrila, como mencionado anteriormente. 

O solvente orgânico está presente neste sistema como forma de manter uma polaridade em um nível baixo o suficiente para que o soluto possa se dissolver na fase móvel e, manter-se alto suficiente para que haja uma melhor ligação da molécula preferida com a fase estacionária. 

Muitas análises podem ser realizadas com a aplicação desta técnica, sendo que ela é a principal utilizada no campo da cromatografia líquida de alta eficiência, devido alguns fatores como: 

  • a fase estacionária possui uma estabilidade adequada em diferentes cenários de fases móveis; 
  • possui alta reprodutibilidade nas suas separações; 
  • a técnica possui um papel importante em biomoléculas, que são importante em diversas áreas, além de outros tipos de moléculas sejam elas sintéticas, naturais e/ou biológicas. 

Quais colunas cromatográficas são usadas na fase reversa?

As colunas cromatográficas que são usualmente empregadas nesta técnica de cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa podem conter diferentes números de hidrocarbonetos. 

As mais comuns são as colunas C8 e C18, que possuem como diferença chave a sua composição. A coluna C8 possui como fase estacionária octilsilano, enquanto a C18 emprega o octadecilsilano como fase estacionária. 

Como uma coluna C8 possui um menor números de carbonos na fase estacionária, consequentemente a sua polaridade é maior quando comparado a C18, e assim, os analitos tendem a eluir mais rapidamente. 

É importante sempre avaliar a natureza físico-química dos analitos de interesse, para que as melhores condições cromatográficas sejam estabelecidas e as fases móveis e estacionárias sejam selecionadas de forma adequada, permitindo um método de separação com seletividade e sensibilidade de detectar os compostos em determinada amostra.

E então, o que achou do nosso post de hoje? Comente!

E lembre-se: caso precise de colunas cromatográficas, fale conosco!

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