A história da cromatografia

história da cromatografia: mulher cientista vestida de branco está mexendo em um equipamento de laboratório

Hoje nosso tema é sobre a história da cromatografia. Você a conhece por HPLC, sigla para High Pressure Liquid Chromatography ou, em tradução livre, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, também conhecida por outra sigla: CLAE.

Como será que a técnica surgiu, você tem alguma ideia? Atualmente temos equipamentos modernos, resultado da evolução tecnológica, que aprimoraram cada vez mais a técnica, mas como era feita no início?

Temos que lembrar também dos cientistas que, por meio de pesquisas e testes, lapidaram cada vez mais os processos. E quem foram esses precursores da técnica de separação conhecida e utilizada mundialmente? 

Olha quanta coisa interessante a descobrir! Quer conhecer a história da cromatografia? Continue lendo o artigo.

Conheça a história da cromatografia

Quando falamos sobre o começo da cromatografia, um nome vem à tona: Mikhail Semenovich Tswett. Aliás, ele é conhecido como o pai da cromatografia. 

No entanto, “ouvimos dizer” que antes de Tswett já havia publicações com o nome “A química da coloração”. Essas publicações eram livros de Friedlieb Ferdinand Runge, que falavam sobre técnicas cromatográficas. 

O que aconteceu foi que  Tswett foi quem deu o nome a essas técnicas — e foi além: foi ele quem percebeu a importância analítica do que descobriu.

Outros nomes importantes nessa história são Arne Wilhelm Kaurin Tiselius e Stig Melker Claesson, que acrescentaram ao aparato cromatográfico duas partes fundamentais, encontradas hoje nos sistemas mais modernos: a detecção não visual e a possibilidade de determinar qualitativa e quantitativamente os componentes. Isso aconteceu no início da década de 40. 

Mais para o final da mesma década, em 1948, Claesson apresentou, em um artigo publicado, um diagrama com um sistema de leitura do efluente da coluna, que havia sido idealizado por Tiselius. 

O conhecimento da evolução e da base da cromatografia é fundamental para entender a capacidade atual dos sistemas cromatográficos empregados nas metodologias laboratoriais. 

A evolução das fases estacionárias

A partir da década de 50 as atenções se voltaram à evolução do HPLC, mais precisamente, das fases estacionárias e depois, disso, dos demais componentes do HPLC. 

As fases estacionárias da época, por volta de 1960, tinham partículas porosas e muita dificuldade no empacotamento dessas partículas. Elas eram também muito grandes, com tamanho variando entre 100 a 200µm.

Os próximos 10 anos foram de avanços. No final dos anos 70, as partículas já tinham de 5 a 10µm de tamanho e revestimento. Isso foi essencial para garantir uma maior capacidade de separação de diferentes compostos. 

O desafio continuava sendo o empacotamento de maneira uniforme, apesar de o gel de sílica microparticulada ter começado a ser usado. 

Então, em meados dos ano 80, surgiram as pré-colunas, para concentrar as amostras e garantir uma maior eficiência cromatográfica. 

Foi só nos anos 90 que uma empresa desenvolveu um processo de empacotamento de colunas com matérias-primas de alta pureza. Além disso, essa mesma empresa, lançou uma coluna HPLC capaz de:

  • aprimorar a velocidade de análise;
  • melhorar a simetria de picos e a faixa de operação do pH;
  • de forma indireta, otimizar a descoberta de novos medicamentos. 

A partir de 2000 sabemos que tudo evoluiu de forma muito rápida. Os sistemas cromatográficos ganham novos equipamentos e a tecnologia permite que os processos sejam cada vez mais eficientes e eficazes. 

A HPLC, devido à sua alta precisão, é um dos métodos mais eficientes na separação de compostos químicos. Por meio desse método se pode atestar que não há falhas em nenhuma fase dos processos. 

E então, gostou de conhecer um pouco sobre a história da cromatografia? Certamente vai gostar também deste outro conteúdo de nosso blog: 5 dicas de como resolver problemas com colunas cromatográficas.

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