Cromatografia em coluna: tudo que você precisa saber

cromatografia em coluna

A cromatografia, técnica de separação e identificação de substâncias a partir de uma mistura, pode ser realizada de diversas maneiras, dependendo das características físico-químicas das fases móvel e estacionária. 

Um desses tipos é a sólido-líquido, que engloba três técnicas: cromatografia em coluna, cromatografia em camada fina (ou delgada) e cromatografia em papel. 

Para entender melhor, o artigo de hoje foca na cromatografia em coluna. Acompanhe e saiba mais sobre a técnica. 

O que é cromatografia em coluna

A cromatografia em coluna é definida como uma técnica onde ocorre a separação de substâncias em uma mistura entre duas fases, a fase sólida, que normalmente é composto por sílica e a fase líquida, podendo ser apenas um solvente ou a mistura de solventes, dependendo da polaridade e capacidade de adsorção dos analitos de interesse. 

A adsorção dos analitos ocorre na fase estacionária (ou ainda chamada de fase fixa), os quais são arrastados de forma contínua pela fase móvel, e assim, os componentes da mistura que possuem uma menor interação com a fase estacionária vão ser arrastados mais rapidamente e assim, possuindo um tempo de retenção menor do que aqueles compostos que possuem uma interação maior, que consequentemente ficarão mais tempo retidos na coluna. 

Essa interação das substâncias com as partículas sólidas da fase estacionária é decorrente de várias forças intermoleculares, as quais as ligações de formação de sais são mais fortes que ligações de hidrogênio, que por sua vez, possuem uma força maior que as forças de dipolo de induzido.

O composto terá uma maior ou menor adsorção, dependendo das forças de interação, que variam na seguinte ordem: formação de sais > ligações de hidrogênio > dipolo-dipolo > dipolo induzido (forças de London).

Como funciona a cromatografia em coluna? 

De modo geral, a mistura contendo os componentes que se deseja separar é adicionado na coluna utilizado um solvente com polaridade reduzida (quando é utilizado uma mistura de solventes), e essa polaridade vai sendo gradativamente aumentada, com a finalidade de que a fase móvel tenha capacidade de arrastar a substância mais polar de dentro da mistura. 

No entanto, ainda pode ser utilizado apenas um tipo de solvente, fazendo com que o processo ocorra de forma isocrática, mas para que isso ocorra de forma eficiente, uma pesquisa deve ser realizada, a fim de se conhecer a solubilidade de todos os componentes da mistura, para que se comprove que um único solvente seja eficiente para promover a separação de cada um deles dentro da coluna. 

Os analitos com característica mais polar, normalmente, demoram mais tempo para passar pela coluna cromatográfica, pois possuem uma maior afinidade com a sílica, utilizada como fase estacionária, enquanto, analitos mais apolares passam pela coluna com uma velocidade maior, pois possuem pouca interação com a sílica.

Os solventes mais comumente utilizados na cromatografia em coluna estão demonstrados abaixo, listados do menos polar para o mais polar:

Fonte: https://patyqmc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/Cromatografia-em-Coluna.pdf

É recomendando que, sempre antes de realizar a cromatografia em coluna, seja realizado um ensaio teste em cromatografia em camada delgada, como forma de verificar qual o solvente mais adequado para utilização na coluna, visando principalmente a utilização de uma menor quantidade de solvente durante as análises. 

A quantidade de sílica também deve ser avaliada para realização da cromatografia em coluna, a qual depende da quantidade de amostra a ser separada. É aconselhável medir a quantidade de adsorvente utilizado a partir do seu peso, uma vez que a densidade varia de acordo com o tipo. 

Depois dos principais parâmetros escolhidos como, fase móvel, adsorvente e sua quantidade, pode-se dar início a cromatografia em coluna.

A coleta das frações é realizada para que então haja a purificação dos compostos da mistura, sendo assim, deve ser necessário abrir a torneira da coluna e ajustar o fluxo da eluição, o qual não deve ser muito lento, tampouco, rápido demais, para que não haja influência na eficiência de separação. 

As frações são coletadas em tubos de ensaio ou frascos de vidro, para que subsequentemente o solvente seja evaporado e assim obtenha-se o composto purificado.

Esperamos que tenha aproveitado nosso conteúdo sobre cromatografia em coluna. Antes de ir, lembre-se que a Modum Tech é referência em colunas de cromatografia. 

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