Como os parâmetros cromatográficos influenciam o cromatograma na prática

A cromatografia é uma técnica analítica amplamente utilizada em diversas áreas da ciência e indústria, que permite a separação e identificação de componentes presentes em uma amostra. 

Para que a cromatografia seja eficiente e produza resultados precisos e confiáveis, é fundamental entender como os parâmetros cromatográficos podem influenciar o cromatograma na prática. 

Os parâmetros cromatográficos, como a escolha da fase estacionária, a seleção do solvente de eluição, o fluxo e a temperatura, entre outros, desempenham um papel crucial na separação dos componentes da amostra, na resolução entre os picos do cromatograma e na obtenção de resultados precisos e reprodutíveis. 

Neste artigo, discutiremos como esses parâmetros podem afetar o cromatograma na prática e a importância de compreender e otimizar esses parâmetros para garantir a qualidade dos resultados cromatográficos. Saiba mais!

O que são parâmetros cromatográficos?

Parâmetros cromatográficos são variáveis ou condições controláveis que são ajustadas durante o processo de cromatografia para otimizar a separação dos componentes presentes em uma amostra. 

Esses parâmetros incluem a escolha da fase estacionária, o tipo e a concentração do solvente de eluição, o fluxo da fase móvel, a temperatura do sistema, a pressão, entre outros. 

Os parâmetros cromatográficos são ajustados de acordo com as características da amostra e do tipo de cromatografia utilizada, como cromatografia líquida (CL), cromatografia gasosa (CG), cromatografia de camada fina (CCF), entre outras. 

A otimização adequada desses parâmetros é fundamental para garantir uma separação eficiente e precisa dos componentes da amostra, resultando em um cromatograma de qualidade e na obtenção de resultados analíticos confiáveis.

Qual a influência dos parâmetros?

O desenvolvimento analítico, a revalidação analítica ou a adaptação de um método requer que os dados obtidos sejam de confiança, que apresentem reprodutibilidade, linearidade e resolução adequada para que seja possível identificar e/ou quantificar o analito na amostra. A validação de um método necessita de testes específicos. 

No desenvolvimento de uma metodologia analítica cromatográfica, os parâmetros como escolha da coluna, de acordo com polaridade, escolha do solvente, método de preparo e tratamento das amostras, tipo de detector a ser utilizado são cruciais para que os cromatogramas e as respostas obtidas estejam de acordo com o esperado. 

Começando com o conhecimento e tratamento da amostra, é importante frisar que o conhecimento da amostra é o ponto inicial de uma análise cromatográfica, visto que é necessário conhecer com o analito que se trata, além da necessidade de saber se existem outros contaminantes naquela amostra, seja ele proveniente do meio externo ou então gerado na própria amostra, caracterizado como um produto de degradação. 

Uma análise de estudo acelerado de estabilidade para visualização de possíveis produtos de degradação faz-se importante pois pode acontecer de na hora da identificação do analito de interesse, alguma impureza de degradação, ou até mesmo uma impureza externa eluir no mesmo tempo de retenção do analito, fazendo com que este não seja quantificado de maneira correta. 

Outro fator que pode proporcionar com que isso aconteça é a proporção de fase móvel utilizada na metodologia cromatográfica. Por exemplo, dependendo da proporção entre dois solventes utilizados como fase móvel, pode fazer com que uma amostra contendo dois analitos de trabalho sejam eluídos ao mesmo tempo, ou tempos muito parecidos, fazendo com que o cromatograma e o método analítico não possuam resolução adequada, não permitindo a quantificação de nenhum dos dois analitos. 

A natureza da coluna cromatográfica

Outro parâmetro essencial a ser avaliado é a natureza da coluna, necessitando saber se a coluna ideal a ser utilizada, de acordo com a polaridade do analito, deve ser uma apolar ou polar, visto que isso também vai influenciar na escolha de utilização da fase móvel, uma vez que, ao não conhecer a natureza da coluna cromatográfica, pode acontecer do analista e/ou pesquisador, utilizar uma coluna polar com uma fase móvel de mesma característica, como por exemplo a água. 

Isso vai fazer com que a amostra não tenha uma interação com a coluna passando direto por ela e assim, no cromatograma nenhum pico irá aparecer, da mesma forma pode acontecer ao contrário, caso se utilize uma coluna apolar com fase móvel apolar, por exemplo hexano. 

O uso de solventes adequados como fase móvel também vai proporcionar com que você obtenha picos mais perfeitos no cromatograma, permitindo uma melhor quantificação e também uma melhor qualidade visual da análise. 

O comprimento de onda máximo de absorção do analito deve ser selecionado ao começar a quantificação dele, já que quando não se aplica o comprimento de onda de absorção máxima, o pico pode aparecer com uma área menor do que realmente é, consequentemente os cálculos de concentração estarão errados, assim como toda a sua análise. 

A vida útil da coluna, assim como o parâmetro citado anteriormente, é essencial para que o cromatograma seja obtido de forma adequada, além de outros parâmetros que não necessariamente vão trazer resultados errôneos, mas que podem influenciar no cromatograma final é a temperatura do forno, onde fica armazenado a coluna cromatográfica, o pH da solução de fase móvel utilizada, e o tipo de detector empregado. 

O tipo de detector empregado na quantificação cromatográfica deve ser escolhido antes do desenvolvimento do método analítico, uma vez que, baseado na concentração teórica que você tem na amostra. Por exemplo: se sua concentração está na faixa de nanogramas o detector escolhido não pode ser detector UV, visto que esse não possui sensibilidade suficiente para que uma concentração tão baixa seja detectada, por outro lado, nestes casos podem ser empregados detectores de fluorescência, caso o analito de interesse possua fluorescência ou detector de massas. 

É necessário que a molécula estudada possua fluorescência ou que seja realizada uma derivatização nesta molécula para que o detector de fluorescência seja empregado, caso contrário não será possível identificar o analito na análise e assim não aparecerá nenhum pico no cromatograma final.

De forma geral todos os parâmetros cromatográficos vão influenciar na forma do pico no cromatograma e na possibilidade de quantificação do analito estudado, por isso, é importante conhecer e determinar estes parâmetros com antecedência a análise, para que nenhum imprevisto ocorra e seus resultados possuam confiabilidade.

Esperamos que tenha gostado deste conteúdo. E caso queira informações sobre colunas cromatográficas, fale com a Modum Tech!

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